"Estamos no Troisième Lieu, toda a gente conhece!". Toda a gente menos eu, pelos vistos, portanto, pelo sim pelo não, procuro a morada na internet. Dá para ir a pé. De noite, passamos pelo Beaubourg. Pela primeira vez desde há algum tempo, a noite adivinha-se boa, pelo que o Beaubourg se torna ainda mais bonito que a Torre Eiffel. Merece uma fotografia. Duas, três, quatro, vivia o optimismo de tirar fotografias à noite! Já estão a reciclar. Não esá frio, não está a chover, não está a nevar, não há muitos mitras na rua. O meu coração esbanja alegria.
O bar não podia ser encontrado com mais facilidade. 62, rue Quincampoix, tão preciso, tão perto de minha casa, com um ar tão íntimo... e cá fora a fumar estão mais miúdas que homens, o que é bom sinal, porque nenhuma de nós gosta de muitos homens nas discotecas. Entramos. A música é fixe, as bebidas são baratas (algo extremamente raro em Paris), a senhora está a pegar fogo ao balcão e a gritar lá em cima, pelo que eu tenho um ligeiro ataque de pânico (a ASAE não permite estas coisas!). As meninas têm todas cabelo curto. E afinal não há mais meninas que rapazes: SÓ há meninas. O que também é desagradável. Mas os meus olhos seguem o fogo, não vá aquilo sair do balcão e incendiar o lugar todo, ou pelo menos a senhora que está a gritar e a dançar lá em cima, que não sonha o risco que está a correr! Mas a voz da Carolina acorda-me da tragédia que começa a ganhar contornos na minha cabeça: "Isto é um bar de fufas". De facto é.
Não deixa de ser interessante, mas pelo sim pelo não, depois de ficarmos um bocadinho e de nos informarem de que "Isto não é propriamente um bar onde se vem conversar", decidimos ir embora. Desta vez para os lados na Notre Dame. Com protecção Divina e cerveja a 8 euros.