Da era da televisão monstruosa com um metro de profundidade, que ocupava todo o chamado "móvel da televisão", ficou apenas a toalha de renda feita pela mãe (ou pela avó ou por qualquer outro membro feminino da família) e os pratos que, na verdade, são bibelôs. E o vídeo, claro, não vá a vontade de ver o Aladino surgir.
Hoje, sentamo-nos no sofá e encontramos à nossa frente uma explosão tecnológica:
- Cube (é um computador normal, cujo ecrã é a televisão)
- Leitor de DVD
- Wii (para convidar os amigos que, dali a um mês, vão voltar a querer jogar pictionary)
- Amplificador (que vem obrigatoriamente com colunas que se espalham pela casa. É graças a ele que, às vezes, tenho a sensação de que vai saltar um cão detrás do sofá)
- Televisão LCD
- Box da TV Cabo
Como o "móvel da televisão" não cresce, as coisas amontoam-se. Sendo ele, ainda por cima, o lugar preferido para pousar as chaves do carro, a mala, o jornal, os brincos, o correio, os óculos de sol, as moedas, entre outros, pode dizer-se que no "móvel da televisão" está algo bastante complexo, de aparência infinita, que engloba diversas actividades e que vai crescendo em substância e na vertical (nunca na horizontal - para os lados - o que é uma boa notícia): a nossa vida.
3 comentários:
os naperons das avós! opá... posso comentar isso? a minha mãe adora mas eu não quero encher a minha casa disso, por muito sentimento q tenha. qual é a fixação das nossas mães por renda?? é porque não conheciam o ikea?
Tens mesmo a certeza de que o bazar chegou ao móvel da televisão? Espera só até o chinês do Murtal começar a vender umas mesinhas de apoio para a entrada de casa... Ou quem sabe um despeja-bolsos em pele da loja do Cartaxo. No Natal, vais ver!... Lol
Se quiseres podes vir visitar a minha casinha amarela de uma assoalhada e com duas janelas abertas à natureza que se encontra instalada no parque de campismo da Cabreira. Prometo-te que não há naperons, nem tv's, nem vizinhos. Há a natureza em todo o seu esplendor.
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