segunda-feira, 28 de abril de 2008

Querido Pai Natal

Nunca duvidei da lentidão dos CTT. Mas a verdade é que confio na sua rapidez. Foi por isso que esta semana me deparei com um pequeno dilema: esta carta dirigida aos meus papás.

Veio em Abril e pergunta qual o brinquedo que mais desejo, a cor que prefiro, etc., com o propósito de me oferecer, no Natal, o presente da minha vida (um bonequinho de plástico com uma t-shirt dos CTT, por exemplo). Que acham que peça? Estou indecisa entre um computador e um trabalho na Brandia Central. Ironias à parte, faltam sete meses para o Natal e os CTT já começaram a campanha para deixar as crianças felizes.

Mas esta carta também veio em 2008. Tendo em conta a minha idade, posso assegurar-vos de que já não acredito no Pai Natal. Pergunto-me se os CTT tiveram a feliz ideia de pegar nos dados de todas as crianças que participaram nos seus concursos desde o século XVI e enviar-lhes uma cartinha simpática sobre o que querem receber no Natal.

Compreendem agora o meu dilema. Não sei que opinião devo ter perante tal paradoxo.

Só mais uma coisa. Os papás. O sorriso do papá ao lado do... não sorriso estampado na não boca da mamã... então as mamãs não têm boca? Vá lá, pelo menos têm olhos... que olham de baixo para cima para o papá, com um ar de admiração/resignação. Muito bem, só espero que o senhor também seja do Benfica! Ou então não temos chefe de família!

4 comentários:

Fátima disse...

aaaaai, depois de reparar no ar de submissão da mulher não consigo dizer mais nada. tou chocada

Anónimo disse...

Século XVI? Avó Pureza? Tás-ta passar, miúda? As mamãs não têm boca? Não têm elas outra coisa, mesmo... No Natal, já sabes, algo para despejares a confusão dos teus bolsos e, para mim, ainda vou pensar... talvez um megafone, quem sabe!
Bjs

AJS disse...

LOL - Continuas com o melhor dos humores. Este teu texto truxe-me a minha lembradura a famosa "Carta ao Pai Natal" - a qual é melhor e, a bem do conteúdo deste Blog, não ser postada.

Continua a escrever

Ricardo disse...

Falar de Natal nesta altura, com este sol, este calor, estas férias primaveris! Agora é tempo de IRS, de pagar ao Estado, o papá e a mamã dos CTT, aquilo que se descontou a menos durante o ano anterior. Não me venhas pedir agora dinheiro para prendinhas, Margarida.